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Certo dia, eu estava andando por uma das ruas da minha cidade, quando encontrei uma velha amiga, Fabi, apenas acenamos uma para a outra e cada uma seguiu seu caminho.
Durante meu caminho para casa fiquei lembrando de cada momento que vivi com Fabi, e percebi que na maioria das minhas recordações felizes, ela estava presente, dos meus 15 anos até a minha formatura na faculdade, e fiquei triste com o que tinha sobrado de uma grande amizade, um simples aceno.
Cheguei em casa e ainda com a Fabi na cabeça, tentei lembrar aonde foi que nos afastamos, na verdade, em o que nos afastou, lembrei que Fabi conseguiu uma oportunidade na empresa em que trabalhava, então foi mandada para outro Estado, para fazer um curso e se aprimorar.
Choramos, passamos as noites comendo chocolate, rindo, e vendo filmes, e prometemos uma á outra, a nunca nos esquecermos, prometemos enviar cartas todo mês, nos falamos por telefone toda semana, e nos comunicarmos pelo msn todo dia. Porque afinal " A distância causa a saudade, mas nunca o esquecimento ".

Nos primeiros meses, seguíamos a risca todo o prometido, com um certo tempo, deixamos de mandar cartas, e depois de telefonar, e enfim de nos falar por msn.
Um tempo depois, soube que Fabi, estava no Rio de Janeiro, morando com um amigo nosso de muito tempo atrás, fiquei feliz por ela, pois nosso sonho sempre foi ir para o Rio de Janeiro, e pelo menos uma de nós conseguiu realizá-lo, e essas foram as últimas notícias que eu tive de Fabi.
Sentada no meu sofá,cheguei a conclusão que o que nos separou não foi a distância, muito menos o tempo. Fomos nós mesmas, as vezes prometemos coisas que não sabemos se poderemos cumprir, fazemos planos que não conseguimos botar em prática, e a única coisa que nos impede somos nós mesmas, a vida está ai, o que fizermos aqui atrás, refletirá lá na frente, mais muita das vezes, temos medo do desconhecido, medo do que pode acontecer....